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A cotação do trigo, na segunda-feira 7, na Bolsa de Chicago, atingiu o maior valor desde 2000. O valor do bushel do cereal, ou quase 30 quilos, ficou próximo de US$ 13, refletindo um aumento de 7%.

A invasão da Rússia à Ucrânia está pressionando a cotação do trigo. Os dois países estão, respectivamente, na primeira e sexta posições do ranking mundial de exportadores. Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos revelam que as duas nações somam 30% de todas exportações globais. Nessa lista, a União Europeia aparece na segunda posição, seguida de Canadá, Estados Unidos e Austrália.

De acordo com as estimativas da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), o Brasil não deve ficar desabastecido. A maior parte das importações vem da Argentina. Entretanto, o mercado nacional não deve ficar imune à alta dos preços.

Segundo a Abitrigo, o país vizinho “já sinalizou ter trigo suficiente para atender às necessidades brasileiras”. “Um fator que pode aliviar um pouco esse aumento, mas longe de ser significativo, é a queda no valor do dólar em relação ao real nos últimos dias”, informou em nota.

A redução da cotação da moeda norte-americana “pode compensar, de certa forma, os aumentos recentes em Chicago. Mas a tendência é que o patamar de preços fique bem elevado nos próximos quatro ou cinco meses, com previsão de estabilizar ou começar a cair a partir do mês de julho/agosto, com a entrada da safra do Hemisfério Norte.”

 

Mercado brasileiro

 

Conforme estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento, o consumo brasileiro de trigo em 2022 será de aproximadamente 14 milhões de toneladas. A produção nacional para o período é projetada em mais de 7 milhões de toneladas. Ou seja, o país vai precisar de 7 milhões de toneladas do grão exportados por outros países.

 

Matéria elabora por Revista Oeste: https://revistaoeste.com/agronegocio/trigo-atinge-a-maior-cotacao-desde-2000/

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