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O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a resistência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a respeito das sugestões das Forças Armadas para as eleições deste ano. As declarações aconteceram durante Congresso Mercado Global de Carbono, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 19.

“As Forças Armadas, das quais sou chefe supremo, foram convidadas a participar do processo eleitoral. E não vão ser jogadas no lixo as observações, as sugestões das Forças Armadas”, afirmou o presidente.

Sem citar nomes de ministros do TSE, Bolsonaro também reforçou sua visão a respeito da segurança de urnas e lisura de apuração de votos.

“O voto é a alma da democracia. Ele tem que ser contado publicamente e auditado. Não serão duas ou três pessoas que vão bater no peito: ‘Eu mando, vai ser assim. E quem agir diferente eu vou cassar registro e vou prender’. Isso não é democracia. E, quem diria, o chefe do Executivo brigando por democracia onde naturalmente o que acontece é o chefe do Executivo conspirar para se perpetuar no poder. Aqui é diferente.”

 

‘Interferências indevidas’

 

Durante o evento desta quinta, com o tema “Descarbonização e Investimentos Verdes”, Bolsonaro também reclamou de interferência do Judiciário no poder Executivo.

“Mais da metade do meu tempo eu passo me defendendo de interferências indevidas do Supremo Tribunal Federal. É triste isso daí. Mas estamos fazendo nossa parte e jogando dentro das quatro linhas. E o Brasil está rodando”, declarou.

Na última terça-feira, o presidente da República ajuizou uma queixa-crime contra o ministro Alexandre de Moraes no STF, por suposto “abuso de autoridade”. No entanto, o pedido foi rejeitado por Dias Toffoli.

Com a recusa de abertura do processo, Bolsonaro solicitou à Procuradoria-Geral da República que investigue Moraes por alegado abuso de poder. A PGR ainda não se manifestou sobre o pedido.

Bolsonaro enumerou cinco queixas contra Moraes relacionadas ao inquérito das fake news. O presidente disse entender que a investigação é injustificada, “quer pelo seu exagerado prazo, quer pela ausência de fato ilícito”. O chefe do Executivo federal também disse que a apuração “não respeita o contraditório”.

 

Matéria elaborada por Revista Oeste: https://revistaoeste.com/politica/bolsonaro-sugestoes-militares-para-eleicoes-nao-vao-ser-jogadas-no-lixo/

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