O Banco Central (BC) elevou de 1% para 1,7% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2022. A nova estimativa foi divulgada nesta quinta-feira, 23, em apresentação do diretor de Política Econômica do órgão, Diogo Guillen.
Principal indicador para medir a performance econômica, o PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Assim, a nova projeção do Banco Central supera a estimativa do governo federal para a economia brasileira neste ano. O Ministério da Economia trabalha com a expectativa de 1,5% para 2022.
A apresentação do BC nesta quinta-feira destacou o desempenho acima do esperado da economia brasileira no semestre, ressaltando “a surpresa positiva no PIB do 1º trimestre e a previsão de nova alta no segundo”.
Segundo relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado no começo de junho, a economia brasileira cresceu 1% no primeiro trimestre do ano.
Apesar da performance satisfatória no ano, o Banco Central manifestou que espera uma leve desaceleração no segundo semestre. O BC preferiu adotar a moderação, principalmente em razão do impacto global da guerra entre Rússia e Ucrânia.
“Essas revisões vêm principalmente do consumo das famílias e um pouco de exportação. Tem mais a ver com o que observamos no primeiro trimestre e dados preliminares do segundo trimestre do que uma mudança prospectiva de crescimento. Como temos dito, grande parte do aperto monetário ainda vai se fazer presente, tanto na inflação quanto no crescimento. Então esperamos desaceleração da atividade nos próximos trimestres”, comentou o diretor de Política Econômica do BC.
Inflação
Na mesma apresentação, o diretor Diogo Guillen também comentou sobre as expectativas para a inflação de 2022 e de 2023, ano que contempla o atual horizonte relevante do Banco Central. De acordo com o executivo, o banco trabalha com 8,5% de alta em 2022 e 4,7% em 2023.
Já na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC indicou que a taxa básica de juros deve permanecer elevada por tempo mais prolongado, no esforço para adequar o índice de preços para dentro da meta.
