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As mudanças promovidas pela Câmara dos Deputados na Lei das Estatais podem resultar numa “avalanche” de indicações políticas, com 587 cargos de alto escalão em companhias públicas federais. Há 272 vagas em diretorias-executivas e 315 postos em conselhos de administração de empresas públicas.

Hoje, a remuneração anual mais baixa prevista pelas estatais chega a R$ 214 mil. Esse montante é pago a diretores nomeados na Companhia Docas do Rio Grande do Norte. A maior remuneração estatal verifica-se na Petrobras, com R$ 3 milhões por ano — sem contar gratificações nem benefícios.

Esse cenário tornou-se possível depois de a Câmara ter aprovado, na terça-feira 13, mudanças na Lei das Estatais. A legislação exige quarentena de 36 meses para indicados à diretoria e ao Conselho de Administração de Estatais que tiverem participado de campanhas eleitorais. O texto aprovado, contudo, reduz o prazo para 30 dias. Essa alteração permitiria ao ex-ministro Aloizio Mercadante assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A matéria recebeu o apoio de 314 votos contra 66.

A mudança não afetará apenas grandes estatais, com BNDES e Petrobras, mas também o comando de dezenas de companhias que fazem o controle de exportações e importações nos portos, de empresas de transportes, como a CBTU, e de bancos menores, mas de alto impacto regional, como Banco da Amazônia e Banco do Nordeste.

 

Matéria elaborada por Revista Oeste: https://revistaoeste.com/economia/lei-das-estatais-mudanca-pode-resultar-em-avalanche-de-cargos-ocupados-por-politicos/

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